A militante e ativista social Poliana Gatinho deu um passo importante em sua trajetória pública ao se colocar como pré-candidata a deputada, fortalecendo um movimento que nasceu fora da política tradicional e foi construído nas ruas, nas redes e no cotidiano das escolas, postos de saúde e casas das famílias que convivem com o autismo.

Poliana ficou conhecida no Maranhão como mãe atípica e defensora da causa do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Sua atuação ganhou destaque ao denunciar obstáculos enfrentados por pessoas autistas e seus responsáveis, como falta de acompanhamento especializado, ausência de políticas de capacitação para professores e desorganização nas redes pública de saúde e educação.
Nos últimos anos, Poliana esteve presente em audiências públicas, encontros com lideranças sociais, debates institucionais e eventos de conscientização. Em diversas ocasiões, cobrou do poder público a adoção de políticas permanentes e estruturadas para a inclusão de pessoas com TEA — não apenas no acesso à escola, mas também na vida adulta, no mercado de trabalho e na autonomia social.
Sua participação política ganhou corpo inicialmente com a candidatura a vereadora em São Luís, quando apresentou propostas ligadas à formação de educadores, fortalecimento da atenção básica, assistência às famílias e ampliação de direitos. A boa receptividade de suas pautas e a identificação com milhares de famílias que enfrentam desafios semelhantes abriram portas para um novo momento.
Agora, como pré-candidata a deputada, Poliana pretende levar essas discussões à esfera estadual, buscando transformar pautas antes tratadas de forma pontual em políticas de Estado, com orçamento, acompanhamento técnico e continuidade ao longo dos governos.
Em sua pré-campanha, Poliana tem enfatizado bandeiras como:
- capacitação em larga escala de profissionais da educação, saúde e assistência social;
- regulamentação de métodos eficientes de intervenção, como a abordagem ABA;
- acompanhamento psicológico e social às famílias de pessoas com autismo;
- fortalecimento da rede de atenção à pessoa com deficiência;
- criação de frentes legislativas permanentes em defesa dos autistas.
O crescimento de sua influência política revela um movimento novo na sociedade maranhense: mães, familiares e cuidadores que passaram anos batalhando sozinhos e agora encontram representação política de alguém que vive os mesmos desafios que eles.
Caso sua candidatura se concretize, Poliana chegará à disputa carregando uma pauta humana, urgente e ainda pouco ocupada na agenda pública. Sua trajetória mostra que, muitas vezes, a mudança começa na dor pessoal, mas se transforma em ação coletiva — e, agora, também em projeto de Estado.
