Um estudo internacional publicado nesta semana trouxe novas perspectivas sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Pesquisadores analisaram dados genéticos de mais de 45 mil pessoas autistas na Europa e nos Estados Unidos e concluíram que o autismo não deve ser visto como uma condição única com uma causa exclusiva.

Segundo os cientistas, existem subtipos distintos de autismo, que variam conforme o momento do diagnóstico e as condições associadas. O estudo mostrou, por exemplo, que crianças diagnosticadas antes dos 6 anos apresentam perfis genéticos diferentes em comparação com pessoas diagnosticadas após os 10 anos de idade.
Além disso, a pesquisa identificou relações entre determinados subtipos de autismo e outras condições de saúde, como depressão e dificuldades de aprendizado. Para os especialistas, esse achado pode ser fundamental para o futuro das intervenções personalizadas.
“Estamos aprendendo que o autismo é uma condição muito mais diversa do que se imaginava. Reconhecer os subtipos pode ajudar médicos e famílias a encontrar caminhos mais adequados para cada pessoa”, destacou um dos autores do estudo.
A descoberta reforça a importância de diagnósticos mais precoces e precisos, além de abrir espaço para o desenvolvimento de políticas públicas e tratamentos personalizados. Embora ainda não exista uma “cura” para o autismo — que é uma condição do neurodesenvolvimento e não uma doença — a compreensão dos diferentes perfis pode melhorar a qualidade de vida de milhões de pessoas no mundo.
